" A Chama "

"A Chama". De todas as minhas meninas de aço, sem dúvida, essa é a mais especial para mim, e bem provavelmente, sempre o será, pelo seu significado impossível de superar. Diz de parte integrante do meu prefácio, diz de parte insubstituível da minha história. Leva, em suas curvas suaves, em suas pontas agudas, em seu peso e espaços, a ideia de calor, de liga, de entranhas, movimento, desafios, inserção, solidez, eternidade. Por isso ela existe, além de na forma tridimensional, também em traços riscados na minha pele. É fogo, belíssimo ou assustador, imprevisível, vivendo na linha tênue entre o querer tão somente gerar calor e a possibilidade perturbadora de gerar também cinzas.

Ela, “A Chama”, seus calores e suas cinzas, são peças fundamentais nesse quebra-cabeça da minha vida, sinalizações vitais de direções nas retas, nos trechos sinuosos e nos trevos dessa minha estrada.

Essa é "A Chama", forma que leva, para onde for, o carimbo de alma com o qual foi concebida e o símbolo que logo passou a representar.